A rua Conde Prates, que começa na rua Jumana e termina na avenida Paes de Barros, foi oficializada pelo decreto nº 5,027 de 27/12/1960, era anteriormente conhecida como rua 110 e o seu nome foi dado em homenagem a , Eduardo da Silva Prates, nascido em São Paulo em 08/11/1860 e falecido também em São Paulo em 22/03/1928, tendo recebido o título de Conde de Prates outorgado pelo Papa Leão XIII.

Eduardo era filho de Fidêncio Nepomuceno Prates e de Inocência Júlia da Silva Machado, filha de João da Silva Machado (Barão de Antonina). Casou-se com Antônia dos Santos Silva, irmã de Maria Hipólita dos Santos Silva, marquesa consorte de Joaquim Egidio de Souza Aranha (Marquês de Três Rios), a qual teve quatro filhos: Joaquim, José, Guilherme e Eduardo. O terceiro viria a se tornar o segundo conde de Prates.

Devido ao casamento, recebeu como herança a Fazenda Santa Gertrudes, tendo-a dinamizado e aumentado a já grande produtividade dessas terras. Tornou-se proprietário da fazenda num período excepcionalmente favorável à expansão do café. Eduardo Prates era ativo homem de negócios, o capitalista de São Paulo, e, em 1895 se viu fazendeiro de café, proprietário da Fazenda Santa Gertrudes, considerada uma das mais importantes cafeeiras.

Não era Eduardo Prates o pioneiro em terras novas a despender energia e capacidade na luta contra a natureza, mas o proprietário enérgico e capaz, preocupado em estabelecer uma tecnologia mais avançada para o maior desenvolvimento de sua propriedade. Era o citadino transformado em fazendeiro, que ao receber como herança à fazenda, levou para o campo toda a sua vivência de homem de negócios, sempre aberto às inovações e desta maneira A propriedade acabou por gerar o núcleo urbano da futura cidade paulista de  Santa Gertrudes.

Além da fazenda, dedicou-se ativamente as atividades comerciais (importações e imóveis urbanos), bancárias, ao fomento da Companhia Paulista de Estradas de Ferro (sendo diretor desta), da Companhia de Armazéns Gerais de São Paulo (como presidente) e ainda a outras companhias de transportes e indústrias, como a Companhia Paulista de Navegação e a Companhia Frigorífica e Pastoril de Barretos (vice-presidente), além de contribuir com a municipalidade de São Paulo ao colaborar com o Plano Bulevar modificando o ambiente e melhorando as edificações da rua Líbero de Badaró, sendo que sua maior contribuição foi nas negociações para que o solar dos Barões de Itapetininga (uma imensa chácara), existente nesta rua, fosse doada para o município e assim transformar-se no Parque do Anhangabaú.

Prates também foi presidente, em 1896, da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), sucedendo ao Coronel Rodovalho e iniciando a luta contra o projeto de pagamento em ouro dos direitos aduaneiros, além de ter sido um dos fundadores do Automóvel Clube de São Paulo, da Sociedade Hípica Paulista e da Sociedade Rural Brasileira.

]O Conde também auxiliou, através da filantropia, instituições, tais como a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, onde foi mordomo do hospital e irmão mesário, Orfanato Cristóvão Colombo, Igreja Santo Antônio (localizada na Praça do Patriarca  e o Liceu Sagrado Coração de Jesus.