[su_accordion] [su_spoiler title=”Um cantinho dourado em Sampa…… chamado Mooca – Jefferson P. Alcantarilla” style=”fancy”]-Quem viveu no bairro da Mooca principalmente nos anos 50, e, na plenitude dos anos 60, tem guardado no peito para sempre, uma época dourada de uma geração.

-Tudo teve início numa maternidade, não me lembro o nome, talvez fosse Santa Teresinha, na Avenida Paes de Barros, local onde nascí. Esta maternidade anos depois, por informações, encerrou as atividades.

-Por alguns anos residí na Rua Ipanema, numa vila em frente a uma fábrica de chocolates, famosa na época, de nome Gardano.

-Saudades do Centro de Assistência Social Bras-Mooca, escola localizada na Rua João Caetano, onde fiz o pré-primário, ao concordar em permanecer dentro da escola sem chorar, em tróca de uma maçã.

-Na época uma maçã era considerada uma fruta de luxo, onde convivíamos todos os dias com a tal banana nanica, adquirida no armazém do Sr. Almeida.

-Nesta fase da vida aprendi a ler e a escrever, a pilotar os carrinhos de rolemã, a correr atrás de balões, empinar pipas, jogar bolinhas de gude, participar de peladas nos campinhos do Distrital, jogar bafo onde a figurinha da vez era a carimbada, como sonhei um dia existir o Papai Noel.

-Muitas saudades quando da inauguração das piscinas do Distrital da Mooca (1959), onde aprendemos a nadar depois de muita água engolida naquelas lindas piscinas. Na época, a distribuição de armários para a guarda de pertences, no recinto das piscinas, era um armário para cada 4 pessoas, sendo estas pessoas conhecidas ou não, e nunca houve qualquer tipo de problema quanto ao extravio de pertences.

-Precisamente em junho de 1957, transferimos a nossa moradia para a Rua Virgílio de Freitas, uma das ruas bem atrás da Igreja São Rafael, junto ao Largo São Rafael.

-Que saudades do Grupo Escolar Osvaldo Cruz, onde desde cedo aprendemos em sinal de respeito a ficar em pé, com a entrada da professora na sala de aulas. Os boletins eram assinados mensalmente pelos nossos pais, os quais nos acompanhavam junto aos professores.

-O Hino Nacional, desde os primeiros dias de aula era decorado, sempre na ponta da língua.

-Saudades de quem, como eu, estudou no início dos anos 60 na Escola Técnica de Comércio Brasilux, onde ao final do curso, tínhamos como formação o Técnico em Contabilidade.

-Saudades dos mestres professores Ribeiro, Brigagão, Moreira, Issa Jaime, Amaral, Moscardine, Fuzzy, Jarbas, Guedes, Siqueira, nosso diretor Sr. Euclides Gonçalves e tantos outros mestres responsáveis pela nossa formação técnica.

-Saudades da nossa formatura do curso de contabilidade, onde o baile foi no salão do Clube Aeroporto, e a missa, na Igreja de São Rafael, rezada pelo Padre Valentim, o mesmo padre responsável pela minha primeira comunhão, pela minha primeira confissão e pelo meu casamento.

-Saudades dos filmes imortais da época como os filmes Trapézio, Marcelino Pão e Vinho, os quais assistí umas 20 vezes, pelos cines Moderno, Icaraí (depois Ouro Verde) e Safira, este último na Rua do Hipódromo, o maior cinema até então, em nosso bairro.

-Que saudades dos tempos onde aos sábados à tarde, assistíamos os jogos na Rua Javari, vendo bem de perto tantos ídolos famosos, e a noite, o programa era comer uma pizza na Pizzaria São Pedro, ou como também, comer esfihas na Casa de Esfiha Juventus, lá na Rua Visconde de Laguna.

-Tudo isto quando não tinha algum casamento num dos salões do Clube Atlético Juventus (na rua Javari) pois, quando havia algum casamento a história era outra.

-Eventualmente nas festas de casamentos, nos salões do Clube Atlético Juventus (na rua Javari) o programa era mais do que completo, pois comíamos à vontade e dançávamos a noite inteira, e, por incrível que possa parecer, mal sabíamos quem eram os noivos quem estavam se casando e as respectivas famílias. Era tudo por conta do porteiro Sr. Beccaris, nosso amigão, que permitia a nossa entrada na festa “extremamente na surdina”.

-O desafio maior era abraçar o noivo e a noiva, evidentemente com os votos de um feliz casamento e, a partir daí, aproveitávamos ao máximo a comida e o baile, porque o dinheiro na época era por demais de curto.

-O que fazíamos era pecado…???

-Claro que não, pois na missa das 9h aos domingos, após a confissão do suposto pecado ao Padre Valentim, recebíamos o perdão, a absolvição (onde a punição pelo suposto pecado era de se rezar em média, umas 10 Aves Maria e uns 5 Pais Nosso) e tudo se repetia no próximo casamento…!

-Quem não se lembra no início dos anos 60 da lojinha do Capitão 7 (Sr.Aires Campos) ficava bem em frente ao Grupo Escolar Osvaldo Cruz, onde todos na época disputavam um autógrafo deste herói da TV Record. E eu consegui em meio a forte emoção, ao conhecê-lo, o meu autógrafo do famoso Capitão 7, é claro…!

-Saudades também no início dos anos 60, da inauguração da Loja de Calçados Bari, exatamente no número 2414 da Rua da Mooca, bem ao lado do antigo prédio da Ótica América.

-A Loja Bari na época, foi a primeira loja de calçados em nosso bairro, a se apresentar com vitrines partindo do piso até o teto. As vitrines das lojas de calçados antigamente, sempre partiam de uma altura em relação ao piso, aproximadamente de 1,20 metros.

-Foi exatamente nesta Loja de Calçados Bari, trabalhando como vendedor, que calcei sapatos numa menina que sempre vinha com sua mãe e irmãs para comprar calçados. Coincidência ou destino da vida, esta menina um dia tornou-se a minha esposa, onde no próximo mês de janeiro de 2011, estaremos completando 39 anos de união.

-Que saudades da Indústria de Calçados Nicoletti, na Rua de Hipódromo, 1531, lá onde meu falecido Pai, construiu a sua brilhante carreira de forma honesta e competente, tornando-se exemplo e lema de vida aos seus filhos.

-Lembro-me com detalhes num certo sábado (a indústria tinha anexa uma lojinha, onde atendíamos os amigos na venda de calçados) e lá que apareceu o famoso cantor da jovem guarda Bob de Carlo (o cantor da música Tijolinho, sucesso da época) e as fãs do cantor, num tumulto generalizado na Rua do Hipódromo, quase derrubaram a fábrica, pela busca de autógrafos deste famoso cantor.

-Que saudades dos bailes de carnaval do Juventus, nos salões da rua Javari, onde famílias inteiras lá se reuniam e juntos nas matinês, brincávamos a tarde inteira.

-Na época o lança-perfumes, as serpentinas e os confetes davam o tom ao carnaval, sem maldades e sem prejuízos a ninguém.

-Que saudades da época de Natal na Rua da Mooca, a qual no mês de dezembro recebia dos lojistas uma iluminação toda especial, como se fosse um verdadeiro presépio. E a Rua da Mooca realmente ficava um presépio.

-Sempre na véspera do Natal, no final do expediente, naquela época se trabalhava até as 23 horas do dia 24 de dezembro, todos os lojistas e seus funcionários, como num ritual, se abraçavam e trocavam os votos de um Feliz Natal.

-Aqui destaco instituições comerciais famosas na época, onde algumas sobrevivem até hoje, instaladas na Rua da Mooca e imediações :

Doceria Irmãos Di Cunto, Doceria Modelo, Açúcar União, Cia. Antártica Paulista, Cotonifício Crespi, Máquinas Piratininga, Calçados Clark, Indústria de Calçados Nicoletti, Estamparia João Pires, Açúcar Pérola, Tanoaria Labate, Pizzaria Estoril, Pizzaria São Pedro, Casa de Esfiha Juventus, Loja de Calçados Bari, Loja de Calçados Ivo, Loja de Calçados Falgetano, Relojoaria Mário Previatto, Relojoaria Ouro Verde, Ótica América, Café Sucesso, Loja de Móveis Prolar, Loja de Tecidos Santa Terezinha, Camisaria Levy, Loja Prelude Modas, Colégios Osvaldo Cruz, Firmino de Proença, MMDC, Brasilux, Santa Catarina, Armando Araújo, São Judas Tadeu, Loja de Móveis Kelar, Mercado da Mooca, Pronto Socorro Paes de Barros, Panificadora Luzitana, Teatro Arthur Azevedo, Auto Escola Irmãos Gragnano, Pastelaria da Mooca (1ª. pastelaria do bairro, localizada na Rua da Mooca em frente a Visconde de Laguna), cines Moderno, Icaraí (depois Ouro Verde), Safira, Patriarca, Roma, Concessionária de Automóveis Primo Rossi, Alpargatas, Clube Atlético Juventus e tantos outros estabelecimentos comerciais, de igual importância.

-Não posso esquecer de mencionar as Igrejas de São Januário, Bom Conselho e São Rafael.

-Que saudades de um tempo onde prevalecia a verdadeira simplicidade nas pessoas e nas atitudes, onde não havia tanta maldade, e, onde imperava o verdadeiro respeito aos usos e costumes do seu semelhante.

-Sem qualquer cunho demagógico, pois a idade não me permite mais isso, mas quem tem no sangue o Bairro da Mooca, com certeza absoluta afirmo, teve a juventude mais dourada de uma geração, entre tantas.

-É com muita satisfação e alegria que eu registrei um pedacinho de uma época dourada a qual eu vivi, com muito orgulho, no meu velho e querido Bairro da Mooca.

-Saudações aos Mooquenses………..Ôrra Meu…!

Jefferson P. Alcantarilla

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Algumas passagens de vida na Mooca – Nelson Bárbaro” style=”fancy”]Em 1.974 entrei para estudar no GEPAMA, um colegio muito legal com alunos melhores ainda todos se conheciam, todos eramos amigos, aos 14 anos de idade era só bagunça, quantas e quantas vezes nao cabulavamos aula para ir ao cinema Ouro verde na rua da mooca ou no Patriarca na rua do oratorio, as vezes ficavamos no portão só conversando, ou mesmo no redondo quem lembra?

Coisas de adolecente, violencia praticamente nao existia, era um bairro muito tranquilo.
No sabado iamos para o Juventus ficar nas piscinas, na hora do almoço comiamos aquela mortadela frita e depois voltavamos para a piscina nossa turminha tinha aproximadamente 40 jovens que ficavamos ate as piscinas fecharem, no domingo adivinha, piscina de novo, só saiamos quando as piscinas fechavam e ai, mais tarde voltavamos para o Juventus na domingueira esses eram nossos finais de semana.
Meu apelido na época era “Esquisito” mais conhecido como esqui, vou contar como isso aconteceu….
Na sala de aula no Gepama, estava eu sentado na primeira carteira, alguem começou a mexer comigo olhei para o fundo da sala e quem estava lá um tal Paulinho que fazia caretas e eu meio besta dava risadas, ele comentou em sala de aula que cara esquisito.
Passados os dias, estava eu na hora do intervalo em uma ponta do corredor e eis que o tal Paulinho do outro lado grita.. Esquisito…e eu olhei, quando olhei estava praticamento todo o Gepama do outro lado e começaram a rir e foi assim que fiquei conhecido na mooca e nos tres periodos do Gepama a fama correu rapido.
Enfim quantas saudades daquele tempo foi muito legal.
Hoje sou Publicitario formado e empresario, com 51 anos completando agora no dia 29 de Setembro.
Um grande beijos a todos

Nelson Bárbaro

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”A molecada na Javari que chocava bondes – Edgard Romanato” style=”fancy”]

Chocar bondes, antes de mais nada, deve ser algo difícil de se imaginar nos dias de hoje. Esse termo, muito utilizado nos idos de 50, principalmente pelos moleques, morreu junto com os bondes, mas era uma brincadeira perigosa e talvez por isso, uma das preferidas da turma.

Ela consistia em se correr atras do bonde, pular no estribo e ficar dependurado neles até que o cobrador viesse nos pegar,(e eles sempre vinham).

A essa altura, voce era obrigado a saltar do bonde ou levar uns cascudos.Quando o bonde estava em velocidade o importante era saber pular e saber cair para não quebrar uma perna.

Essa molecada era constiuida de garotos de 8 a 11 anos no maximo, que na sua maioria, moravam na Javari ou Visconde de Laguna ou Rua dos Trilhos e alem da escola, ainda não tinham muito o que fazer. Uns já ajudavam os pais e todos iam à escola, mas sempre sobrava tempo para a pelada de rua ,ver o treino do Juventus e as quartas-feiras assistir ao ensaio da Banda no Romanato, só não podia fazer barullho.

Com as mães trabalhando o dia inteiro no Crespi, todos tinham bastante tempo para se aventurar com os bondes.

O ponto final dos bondes era na Rua da Mooca, esquina com Paes de Barros. (Bondes 08 Mooca e 11 Bresser).

Ali o pessoal descia e quem ia para cidade, aproveitava para subir. Ele virava na Rua Taquari e logo em seguida na Rua Javari, percurso muito pequeno para desenvolver uma velocidade maior e local ideal para a molecada chocar.

Já na Javari ele desenvolvia uma boa velocidade, tendo que frear na esquina da Rua Visconde de Laguna, onde a gente tinha que pular, para fugir do cobrador e os vizinhos não verem.

O perigo real era com os carros que apesar de raros, existiam e os motoristas nunca esperavam ver um garoto pulando do bonde na frente do carro. Outro perigo era alguem ver e dedar para sua mãe ou seu pai, o que invariavelmente resultava em uma surra.

Eu me lembro que esse era o esporte radical da época, quando sua adrenalina tinha oportunidade de subir, ou de medo do cobrador te pegar ou de ter que pular muito antes da esquina, torcendo para não pegar um paralepipedo torto e quebrar uma perna no tombo.

Acredito que toda molecada tenha participado dessa brincasdeira, o Helio, o Ladionel, o Valdir, o Cosmo, o Milton, o Toninho, o Roberto, o Valter , o Pé de pato, o Ricardo, o Angelo, eu, etc., mas o melhor na modalidade era um baininho de Palmeiras dos Indios chamado Itamar, que pela agilidade e esperteza colocava todos nós no bolso, fazendo os cobradores correrem atras dele pelo bonde todo, atravessando de um lado ao outro e sempre pulando na esquina da Visconde de Laguna.

A essa altura o cobrador o estava chingando e ele retribuindo as ofensas dando bananas com os punhos ou mandando beijinhos e chamando os cobradores de paneleiros, palavrão que nos foi ensinado pelo seu Manoel ,(padeiro) e que para grande parte dos brasileiros não era ofensivo, pois não conheciam o significado da palavra, mas os cobradores conheciam.

Foram tempos em que até os moleques eram mais educados e os palavrões mais pesados ficavam para ser usados somente nas brigas das peladas de rua.

Tempos bons que sempre trazem saudades.

Edgard Romanato

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Conhecer e viver na Mooca é fazer parte da história de São Paulo e nunca se esquecer das origens – José Luiz Gai” style=”fancy”]Puxa! Que prazer ajudar a contar a história desse bairro maravilhoso e que exerce um fascínio em todos os mooquenses. Minha vida toda praticamente vivida nesse bairro. Colégio MMDC, maravilhoso, tempo de Casagrande, Geninho, Zé Roberto,E rnestinho, João Treviso, Astrauskas, Prof. Norival de Matemática, Profa. Maria Elvira de Português/Inglês.

Assistir ao jogos do Juventus na Javari, ver o Pelé jogar várias vezes onde sempre ele arrebentava no jogo. Paróquia São Rafael, Grujó (Grupo de Jovens), missa das 11 no domingo, coral com Tio Henrique (irmão do meu padrinho Luciano).

Os bailes aos sábados no Juventus. Escuderia Pepe Legal (Luizão, Zé Indio, Maurício e cia.) Salão de Barbeiro do Nico (Tio e Pai) por 45 anos. Fiori Giglioti um dos principais clientes do salão.

Meu velho pai maravilhoso Luiz (Serralheiro) que até hoje tem seus trabalhos nos portões e muros das casas da Paes de Barros. Ruas Padre Raposo e Madre de Deus onde morei. Grupo Pandiá onde estudei do 1º ao 5º ano primário. Teatro Arthur de Azevedo de tantas recordações. Pizzaria PIR PIR na Orville Derby. Onde comi pela 1ª vez uma pizza fora de casa (meu aniversário de 15 anos) e ganhei de presente uma caneta maravilhosa dos meus padrinhos Luciano e Marina. Saudades, muitas, da Márcia, do Sérgio, da Cecília e do Edson. Enfim, conhecer e viver na Mooca é fazer parte da história de São Paulo e nunca se esquecer das origens. Um grande abraço a todos.

José Luiz Gai

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”A Mooca da minha infância – Alfredo Winkler” style=”fancy”]Passei minha infância na Mooca, perto da rua dos Campineiros, a região naqueles tempos tinha um “ar” interiorano, havia um pasto perto de uma chácara que era por nós conhecido como “campo dos bois” -se não me falha a memória ficava na rua Itaqueri- no “campo dos bois” a garotada se reunia para jogar futebol, empinar “quadrado” também conhecido como “papagaio” e outras tantas brincadeiras da infância.

A rua Flaquer Júnior, ainda de terra, ( hoje ela tem outro nome) onde eu morava, era o nosso “play-ground” brincávamos de humana-mula, pega-pega, jogo das bolinhas de gude, etc..! Durante as festas juninas, em frias noites, ao redor da fogueira, cantávamos “cai… cai… balão…” assávamos batata doce e estourávamos bombinhas de São João, isto sem falar nas “perigosas” guerras de busca-pé; guerras que das quais, felizmente, nenhum de nós saiu machucado. Acho que nosso Anjo da Guarda era forte.

Na mesma rua morava um chofer de taxi. Seu carro, que era um belo Chevrolet 194… fazia o maior sucesso com a criançada; lembro-me que, nos dias em que ele ia fazer um casamento, o carro saia reluzente e enfeitado com flores brancas. Uma festa!

Lembro-me também dos anos da guerra e das “filas do pão“, (por causa da guerra o pão era racionado) filas formadas pelas famílias que passavam a noite, madrugada adentro, para comprar um pouco de pão de manhã cedinho, assim que a padaria soltava a primeira (e penso que única) fornada . Para nós, crianças, as noites de “fila do pão” eram um divertimento a mais. Nesses dias nossos pais nos deixavam ficar na rua até mais tarde. As pessoas sentavam-se em cadeiras e ficavam batendo papo comentando os acontecimentos, lendo o jornal enquanto as horas passavam…

Um de meus melhores amigos se chamava Luis, eu o considerava riquinho porque ele tinha um piano em casa e o pai tinha um negócio de perfumaria na parte térrea do sobrado onde moravam. Lembro bem que a perfumaria foi o primeiro comércio, daquelas redondezas a ostentar o nome em um luminoso de “Neon” o que então era uma novidade por ali.

Na rua da Mooca, perto de onde eu morava, algumas vezes “aparecia” um parquinho de diversões com roda gigante, carrossel, tiro ao alvo, algodão doce etc. Era a festa da criançada pois o parquinho significava mais um lugar para se divertir.

Algum tempo depois, acho que no mesmo terreno onde eram montados os parquinhos, foi construído o que viria dar vida nova e movimento àquela parte da Mooca: o “Cine Imperial”

Quantas matinês de domingos “viajei” na sela de um cavalo ao lado do “mocinho” combatendo os “bandidos” ou dependurado num cipó ao lado de Tarzan e Chita voando de galho em galho. Nessas matinês era onde aconteciam as paqueras e onde a garotada levava a namoradinha. Ah! O primeiro beijo, no escurinho do cinema…

Depois, já na adolescência, o programa dos sábados à noite se deslocava para as imediações da avenida Paes de Barros esquina com a rua da Mooca onde acontecia o “footing“: as meninas circulavam airosamente e os rapazes parados em grupinhos lançavam gracejos e elogios… “que uva!, a mais bonita é a de saia azul” , quando nenhuma vestia azul. Muitos namoros começavam assim.

Morei na Mooca por mais alguns anos depois de adulto, mas as melhores lembranças são as dos meus primeiros anos e dos amigos daqueles tempos.

Alfredo Winkler

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Eu me lembro………….Sabe do que? – Sergio Ruiz” style=”fancy”]- De que quando as árvores do Largo São Rafael eram podadas, lá ia eu e meus amigos pegar umas forquilhas pra fazer estilingue;

– De quando eu e meus amigos éramos coroinhas da Igreja São Rafael, só pra ganhar aos sábados quando ajudávamos os Padres a realizar casamentos, um dinheirinho;

– Dos bailes de carnaval, no Clube Juventus ainda na Rua Javari, pois o novo ainda não existia;

– Do cine Aliança, na esquina da Rua Padre Raposo com a Rua Visconde Inhomirim, onde íamos assistir a matinê, que na época passava o filme principal e mais um episódio de algum seriado;

– Também dos cinemas Patriarca e Imperial;

– Das enchentes da Rua Borges de Figueiredo, onde após o temporal a gente ia brincar na enxurrada;

– Da malhação do Judas no sábado de aleluia;

– De quando empinávamos nossas Barracas, enormes quadrados (pipas), que a molecada de hoje nem conhece;
– Dos jogos de bola na várzea, donde vínhamos marrons de tanto barro;

– Já adolescente, eu meus amigos tínhamos um conjunto(banda) com o nome de Os Anjos, freqüentávamos o Conservatório Ernesto Nazareth na Rua Canuto Saraiva, com nossas namoradas e aproveitávamos essa convivência sadia;

– Meus amigos da época eram: Cristobal, Irineu, Orlandinho, Valtinho, Jair, Jadir, Turquinho, e também as meninas Gláucia, Sueli, Dona Neide, Sr. Joaquim, Vanirley, Heloisa, Eleninha, e mais que agora não me lembro.
E NINGUEM MORREU POR CAUSA DESSAS COISAS !!!
Um abraço a todos

Sérgio Ruiz

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Mais Personagens da Mooca – Orázio Papa” style=”fancy”]Como moquense (55 anos) e tendo passado minha infancia e adolecencia na Rua dos Pássaros (última travessa da Rua dos Trilhos, antes da Rua Itaqueri), vivi essa época (anos 60 e 70)nessa região, época essa marcada por vários peronagens que guardo até hoje na lembrança.

Quem for dessa época, com certeza vai se lembrar do Padre Luizinho e do Padre Aldo, ambos da Igreja do Bom Conselho. Do Fritz, um senhor totalmente careca, que dava aula de datilografia nas nas dependencias anexas a Igreja.

Do Stefano que tinha farmácia na esquina da Rua da Mooca coma rua Paschoal Moreira.

Também nessa época tinha um Sr. italiano, que passava quase que diariamente nas ruas, com uma caixa pendurada no pescoço vendendo “sfogliatella”, que diga-se de passagem era uma delícia.

Lembro-me também do Neco, que tinha uma padaria na rua dos Trilhos, em frente ao IAPI, e fazia entregas de pão italiano diretamente nas residencias, com uma perua marca Chevrolet, antiga, de cor verde, tipo daquelas dos Doces Coanfiança e Neusa.
Também não podemos deixar de lembrar dos bazares onde nossos pais compravam nossos materiais escolares no início de cada ano. Ficavam na rua da Mooca, nos prédios do IAPETEC, eram: Bazar Bilu Bilui e Bazar Sueli.

E o Caetano e Espanhol, do salão de Barbeiros Big Boy, na rua dos Trilhos.

Espero que tenha algum moquense amigo dessa época, que com certeza se lembrará dessa pessoas.

Um forte abraço a todos e mais uma vez parabenizo os idealizadores e mantenedores desse Portal.

Orázio Papa

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”O mantecal da Dona Antonia -Elisa Piva” style=”fancy”]Ter morado na Mooca baixa me traz boas lembranças.

Moramos de 1961 a começo de 1972. Primeiro moramos no 118 da Rua da Paz. Éramos vizinhos de um pequeno restaurante do SeuEnzo e D.Ines ,sua mãe D. Rosa, Elaine e Bebeto. A acolhida desses vizinhos foi muito especial. S e algum de nós ficava doente, lá iam nos visitar e levar docinhos.

Lembro das pizzas do Lorenzo. Da quele chantilly maravilhoso, que eu ia buscar porque a minha mãe adorava fazer merengues.Na época das enchentes,sempre tinha um socorrendo o outro. Depois nós mudamos para o numero 104, o sobrado era um pouco maior e melhor, para acomodar nós sete, mais meus pais e minha prima. Éramos bem conhecidos porque as caçulas são gemeas. E principalmente naquela época, chamava bem a atenção.

Brincávamos muito com a Leila, a Cibele,a Rosana e é impossivel esquecer o mantecal delicioso que a sua avó D.Antonia mandava perto do Natal. Que delícia.

Eu já comprei mantecal ,mas nenhum tem o sabor da minha infância.

Hoje moramos no interior de São Paulo e nossos pais Atayde Gomes e Dona Nenê são falecidos.

Eu gostei muito desse Portal. A Mooca sempre vai estar no meu coração.

Elisa Piva

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Mais lembranças da Baixa Mooca – Eng. Jacob Cohen” style=”fancy”]Primeiramente gostaria de parabenizar os idealizadores deste maravilhoso site.

Eu nasci na Mooca em 1955 na Rua Dom Bosco 565 e morei tambem muitos anos na Rua Coronel Cintra 157. Hoje moro em Higienópolis mas meu grande orgulho é ser moquense.

Alem de nascer na Mooca, trabalhei 27 anos na Antarctica, portanto a minha vida e a Moóca são uma coisa só.

Fica impossivel esquecer, do Churro, da Lanchonete Xará, da Festa de San Genaro, Firmino, Colégio Dom Bosco que era palco dos jogos aos Domingos pela manhã (o Padre Sartori, deixava eu e meus irmão jogarem sem termos que assistir a missa pois somos judeus ), Bar do Sr. Antonio, O MAC, e a Sinagoga da Rua Odorico Mendes a qual eu e minha família frequentávamos, enfim tudo para mim tem uma história.

Como era legal jogarmos bola na rua, jogarmos botão no Campeonato organizado pelo Toninho que morava no cortiço da Coronel Cintra, época em que você era você mesmo sem se preocupar com o que você tinha a nivel de posses. (antes de cada rodada do jogo de botão, cantávamos o Hino Nacional e hasteavamos uma pequena bandeira do Brasil)

Onde será que estão os meus amigos de infância como o Jorge Luiz Dib (eramos como irmãos), Jorge Luiz Perito (Cabeção), Boreá, Luiz Carlos, Fernandinho (Sapo), o Vicente e a Cecília (Rua Lins), os irmão Wagner e Wlademir (moravam na Vila Alvarenga), o Emilio, Pelézinho, Salim (azeitona), Passarinho, Enilce, Pinguim e muitos mais.

Uma coisa que me marcou muito foi (não me lembro o ano) na Primeira Festa de San Genaro, quando o padre da Igreja me pediu para fazer e coordenar toda a instalação elétrica da festa ( eu estudava Eletrotécnica na Antarctica) e ganhei uma duzia de copos azuis que a minha mãe guarda até hoje.

Nos anos 70/71 , não perdia um jogo sequer na Javari, alguem se lembra da escalação: Valdir, Chiquinho, Carlos, Oscar e Osmar. Gonçalves e Ferreirinha. Antonio Minhoca, Adnan e Ziza – alem do Frazão, Brida e Brecha, Menotti e outros mais. Como era bom ir assistir os jogos e ver a gritaria do Roberto Archiná (era diretor de futebol se não me engano) e as corridas do folclórico e competente massagista Elias Passaro.

Vou ficando por aqui pois já estou sentindo meus olhos marejarem.

Fiquem com Deus

Eng.Jacob Cohen

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Querido Conjunto da Light – Sonia Maria Castanho Pedro” style=”fancy”]Foi muito feliz minha infância e minha adolescência vivida no Conjunto da Light, junto com meus irmãos Haroldo e Milton, onde a maioria dos moradores eram funcionários da Canadense Light and Power.

Quem no Conjunto, naquele tempo, não conhecia meus pais Dona Olinda e o Sr. Joaquim Pedro ?

Minha casa era a quarta casa da rua Guerino Raso, nº 53.

O colégio onde estudei era o Santa Catarina e o colégio que meus irmãos estudaram era o São Judas Tadeu.

Era uma época de turmas: turma dos colégios, turma do IAPI, turma da Padre Raposo , turma da Light…

Todos os fins de semana tinha baile na casa de um de nossos amigos e muitos desses bailes e encontros da turma aconteceram na minha casa.

Para organizar mais os encontros a turma fez um clubinho. Tinha mesa de Ping Pong e lá ensaiávamos o rock e… mais bailinhos. O nome do clube era RELC, Recreação Esportiva Light Clube. Eis nosso hino :

Nós somos do Clube RELC, do Clube RELC o maioral
A turma do Clube RELC é do ping pong e do rock and roll
Miguel é o presidente e o Haroldo o diretor
Na hora do pagamento o Serginho é o cobrador
Ping pong queremos com ardor,
rock and roll queremos com fervor
Porém se o clube amado um dia for desrespeitado, coitado do ofensor

No meio das raquetes de Pin Pong tinha o desenho do emblema do clubinho RELC , bem colorido e em letras góticas, feitas a mão, pelo meu irmão Haroldo.

Os domingos eram dias especiais. Atrás das casas da Light tinha o conhecido Campo dos Bois, onde os times de várzea jogavam futebol e o movimento no conjunto começava logo cedo. Os homens iam assistir o futebol, as mulheres logo cedo iam para a feira e a maioria das meninas e meninos, iam para Igreja do Bom Conselho para a missa das nove ou das dez horas.

Nessas idas e vindas todos acabavam se encontrando e o domingo tinha um ar festivo, cheio de alegrias. Era o dia do macarrão, do guaraná, e da família reunida. À tarde tinha cinemas: Imperial, Patriarca, Icaraí, Roma … Longa fila para assistir ” Os dez Mandamentos “.

Alguns fins de semana, de chuva repentina, as pessoas desciam do ônibus elétrico na rua dos Trilhos e como a minha casa era no começo da rua, todos fugiam da chuva para minha casa, para se abrigarem e eu me lembro que meu pai tinha uma toalha para cada um que chegava molhado, eram muitas risadas e acabava virando um encontro de amigos. Assim era o Conjunto da Light, todos amigos, pais e filhos, uma grande família.

Eu me lembro também, quando começava o mês de dezembro, todos os moradores trocavam as lâmpadas das varandas por lâmpadas coloridas, amarelas, azuis, vermelhas… O Conjunto parecia um presépio e o meu pai, sempre bem humorado, pintava a dele cor de abóbora para ficar diferente de todas. Era lindo! Era Natal!

Quero deixar aqui um grande abraço para todos os nossos amigos, meus e dos meus irmãos e dizer que todos estão bem guardados dentro dos nossos corações com muito carinho.

Agradeço ao Portal da Mooca, pela oportunidade de tão doces lembranças, algumas apenas, das muitas lembranças que eu tenho do nosso querido Conjunto da Light.

Sonia Maria Castanho Pedro

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Rua dos Bancários – Marcos Batata” style=”fancy”]Meu nome é Marcos morei na Rua dos Bancários (Roda) ,rua com uma grande arvore no centro. Tenho 54 anos meus amigos da época eram : Carlinhos, José Francisco, Vadinho, Tuffi, Tadeu, Tico, Pulga, Fabio, Nino. Já me foge a memória mas lembro da dona Nenê Sr Oswaldo, dona Darci. Como era bom as festas juninas na rua os esconde-esconde, os mãe da rua, o carrinho de rolemã. Bons tempos aquele. Ficam na lembrança as boas lembranças….

Em tempo : meu apelido era Batata

Marcos “Batata”

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Eu já morei na Baixa Mooca – Gilson Rocha Ferreira” style=”fancy”]Meu nome é Gilson, e morei durante muitos anos na Mooca. Minha primeira lembrança da Mooca, lá pelo ano de 1.971 ou 1.972, foi quando nos mudamos pra Rua Odorico Mendes, não lembro o numero da casa, mas era um sobrado muito antigo, com uma porta ( com uma janela no meio) que dava numa escada de madeira que chegava ao piso superior, onde de fato moravamos, pois na parte de baixo da casa ficava uma um ferro velho que se alongava até a avenida do estado. Ao lado de nossa casa, ficava a oficina mecanica do Zé (nome muito estranho para um japonês). lembro bem das brincadeiras, nossa rua tinha muitas crianças, e nos finais de semana a rua ficava congestionada de tantas crianças. As brincadeiras erams as mais diversas, desde “mãe da rua”, “Mana mula”, “queimada”, “taco e bola” e bola que não poderia faltar.Nesta época tinha uns 8 a 9 anos e meu irmão mais novo Eduardo,uns 5 anos, e o mais velho Geraldo um ano a mais que eu. Nossa vida era ir pra escola “Eduardo Carlos Pereira”, onde invariavelmente me metia em confusão e brigas. No natal de 1973 meu pai faleceu, e com isso fomos morar com meus avós maternos na zona leste em Cidade Patriarca. Depois de uns anos fora, acho que foi em 1.975 ou 1.976, retornamos pra Mooca, agora na rua Cel Cintra, num pequeno apartamento (na realidade uma Kitinete)de 3º andar num predio que faz esquina com a rua da Mooca.Retomei as amizades antigas, porem a Odorico Mendes, já não era a mesma. A rua havia sido tomado por maconheiros, bebados e desocupados, não sendo mais a mesma de minhas antigas lembranças. Fui estudar agora no ” Firmino de Proença”, com os tradicionais uniformes e a blusa meio surrada que havia ganho de segunda mão, mas que colocava com orgulho. Nesta epoca as amizades eram identificadas por apelidos, como fiquei fora uns dois anos, todos tinham apelidos e se chamavam por ele, menos eu, até que um dia o “Jacaré” um cara da turma mais velha da rua cel cintra, disse que tinha me visto com uniforme de guardinha da Zona Azul (Achoa que a Prefeitura estava implantando o sistema de controle de estacionamento da Zona Central de São Paulo), e foi uma gozação só. Deste dia em diante passei a ser conhecido como ZONA AZUL. A maioria dos amigos e conhecidos daquela epoca tinha apelido. Vou descrever alguns que me lembro do nome e do apelido, e daqueles que lembro apenas o apelido: Joaquim, Tatu, Carlos, Galo, Cláudio. Burrinho, Rudnei, Porco, Isaias, Napa, Rogério, Urso,outros que só me lembro dos apelidos: Jacaré, Duca, Panda, Marreco, Mamado,Cavalo, Jegue, e por ai vai

Realmente são boas lembranças. Lembro ainda do Xara burguer, que ficana bem embaixo do nosso prédio, onde tomei pela primeira vez, Frape de Coco, e onde experimentei o melhor hot dog de S. Paulo, parece que ainda sinto o cheiro e o sabor.

Depois da Cel. cintra, mudamos pra uma casa, na rua da Mooca, bem em frente a Igreja S. Genaro, em cujo patio, na entrada da igreja, minha mãe estacionava o carro (um fusca derrubado), e eu e meu irmão roubavamos a chave pra ficar dirigindo dentro do patio. Quando não conseguiamos, pois minha mão descobriu e dificultou, faziamos ligação direta (quem me ensinou foi o Zé japones) e ligavamos o carro assim mesmo.

As lembranças são muitas e as histórias tambem. Foi na Mooca que descobri aos 15 anos (em 1.978) que seria Pai, meu filho nasceu na Maternidade D. Pedro, fui morar com minha namorada, aos 15 anos, por um acaso no mesmo apartamento que morei com minha mãe e irmãos. Foi uma experiencia e tanto. Com o Burrinho (claudio) fomos experimentar a primeira comida da minha ex-esposa, feijão (onde os bagos ficavam boiando numa panela cheia de agua) quase quebrei os dentes pois estavam duros pra cacete. Ela quis incrementar e fez tambem uma macarronada, mais parecia uma gosma de cola do que uma macarronada. Enfim coitado do burrinho e de mim que tivemos de comer e ainda dizer que estava bom….

É são muitas historias e boas lembranças.

Um grande abraço

Gilson Rocha Ferreira, vulgo Zona Azul

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Mais recordações do Campo dos Bois – Orázio Papa” style=”fancy”]Voltei no tempo lendo as lembranças do Sr Marcio Donato na seção “Eu me Lembro”.

Morei na Rua dos Pássaros até 1965 (quando tinha 11 anos de idade), mudando-me após essa data para a Rua Paschoal Moreira. Portanto, vivi essa época citada pelo Sr. Marcio.

Gostaria de acrescentar algumas lembranças com relação ao Campo dos Bois:

Cabe lembrar do campo de Botcha, que inicialmente ficava paralelo ao campo 1 citado pelo Sr. Marcio (entre o campo e a Rua Itaqueri), proximo ao Rio que atravessava a rua Cassandoca.

Lembro também de um time chamado “Democrata”, creio que jogava no campo 1 aos sábados de manhã.
Com relação aos jogadores da época, não podemos esquecer do irmão do KID, creio que se chama Welton, jogava também no CBD e depois creio que jogou no Urano. Foi um dos melhores jogadores de várzea que vi até hoje. Também não podemos esquecer do Osmar (jogava no Santos) foi profissional pelo Juventus e São Paulo F.C. onde encerrou a carreira precocemente por contusão.

Teve uma época, que no campo 2 (do meio) jogou por um tempo um time do Brás chamado APEA.
Finalizando, parabenizo o Sr. Marcio Donato pelas lembranças, que me fizeram voltar no tempo.

Orázio Papa

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Lembranças da minha Mooca Querida – Jefferson Costa” style=”fancy”]Olá Amigos da Mooca!

Gostaria que minhas memórias fossem publicadas neste maravilhoso site PORTAL DA MOOCA.

Aqui está uma foto da Rua da Mooca do ano de 1957, neste ano eu não havia nascido, pois nasci no ano de 1962 na Rua Bresser na Maternidade do Brás e depois fui morar na Rua Niterói, hoje San Gennaro.

Nesta foto, a igreja de São Januário aparece do lado esquerdo e me lembro que ao lado da igreja tinha uma pequena mercearia do Italiano seu Pedro Auricchio no qual seus filhos Marcos e Vicente trabalhavam junto com seus pais na mercearia.

A mercearia do seu Pedro dava passagem para a antiga Rua Niterói e quando eu saia com o meu pai, passávamos sempre pela mercearia, pois cortávamos caminho para chegar em casa. Meu pai aproveitava para comprar pão e frios e eu aproveitava para tomar uma cerejinha. [adorava o refrigerante cerejinha]. Seu Pedro assava os pães no forno a lenha. Perto da igreja de São Januário, existia também um mercadinho, no primeiro Box, [vamos ver se estou bom de memória] havia a lojinha da Ivone e da D. Lurdes e o Francisco que se não me falha a memória acho que eram tios do meu amigo Guido Piva que era muito amigo do meu pai. No segundo Box, era o Sr, Francisco, o Ringo que vendiam queijos e laticínios, no terceiro Box a Nilda Japonêsa com uma bela quitanda, quando ia com minha mãe fazer compras, ela me dava una saborosa banana nanica. No quarto Box o Orlando tinha um açougue. É isso mesmo amigos? Outra padaria em que minha mãe costumava comprar o pão, era a padaria do Sr. Pepino. Esta padaria era na Rua da Mooca em frente à Rua Piratininga, nos fundos desta padaria existia uma garagem de autos do Seu Vitório, em cima desta garagem e em cima da padaria existia um salão de bailes do seu Crispim, chamado Salão Piratininga onde aconteciam bailes para terceira idade e bailes de carnaval. Este prédio tinha um acesso da rua da Mooca para a Rua Niterói.

Na Rua Niterói, toda a quarta feira, passava o tripeiro, um senhor Italiano com uma carroça fechada, puxada por um cavalo, vendia fígado, miúdos de boi, carne de porco, língua de boi etc.

Lembro-me também que o Sr. Manoel um Português, passava todos os dias vendendo pão e o leite, minha mãe e as vizinhas compravam leite que eram vendidos em garrafas, assim como o iogurte. Eu ajuntava as tampinhas do leite e do iogurte, que eram de alumínio, para vender no ferro velho lá da Odorico Mendes.

Eu quando era pequeno, era meio estunado e me lembro que deixei o Sr Manoel padeiro louco, pois um dia quando ele encostou com o seu triciclo e foi entregar o pão e o leite para o pessoal, peguei o triciclo dele e fui dar uma volta pela Rua Dom Bosco, quando voltei, ele estava lá desesperado pensando que haviam roubado o seu triciclo.

Coitado! Lembro-me bem do Bazar Estrêla da Dona Estrêla e o Sr. Jesus, minha mãe me pedia sempre para comprar botões, linhas, agulhas e elásticos para ela costurar.[O Bazar Estrêla ficava na Rua Dona Ana Nery, quase em frente do Colégio Piratininga]. Na Rua Dona Ana Nery, ficava também a Papelaria Popular do Sr. Jamil e da Dona Odila. Meu pai, Sr. Jamil e Dona Odila, gostavam muito de jogar na loteria.

Na Rua da Mooca havia o bar do Alexandre no qual meu pai me levava para comer sanduíches e tomar cerejinha, o Alexandre me preparava um sanduíche de mortadela com aquela mortadela que ele cortava com a faca, pois era muito grande e não cabia na máquina para cortar, era uma mortadela cheirosa que o bar inteiro ficava com o aroma de mortadela. No bar do Alexandre eu jogava furadinha, aquele painel de madeira com um monte de furinhos e colocava o prego em um lugar que não estava furado, ai caia uma bolinha colorida indicando o prêmio, geralmente era um pente de plástico chamado pente carioca. Lembro-me que minha mãe, quase todas as tardes, me levava para tomar café com leite e churros da Dona Dolores [posso provar para todos que os churros que comia lá, eram os verdadeiros, pois os churros eram confeccionados por uma Espanhola nata a Dona Dolores].

Toda à tarde também passava o Sr. Italiano que com uma bandeja coberta com uma toalha de pano, vendia esfolhatella.

Ele gritava: esfolhatella, esfolhatella, vai esfolhatella paisanilo? Na Ana Nery em frente à Rua Dom Bosco, a famosa Vila da Merda, apelido dado porque nesta vila havia muitas crianças e muitas delas faziam as necessidades nas vielas que cercavam as casas, os espanhóis caminhavam desviando das merdas, xingando as crianças: me cago nel ninho, me cago nel ninho e ficou vila da merda. No colégio Dom Bosco o Padre Martini quase sempre me batia com o sino em minha cabeça, [eu era bonzinho pacas], lá ia eu de castigo rezar na igreja. Assim foi a Mooca… Meu avô veio de Sevilla Espanha, direto para a Ana Nery, montou uma leiteria na própria Rua Dona Ana Nery, depois montou uma charutaria na esquina da Rua Piratininga com a Av. Rangel Pestana em frente à pizzaria do Adriano a Avenida Chic que por sinal fazia a melhor pizza de São Paulo. No sábado à noite a pizzaria do Adriano bombava tanto que passávamos nervoso para comer a pizza no balcão, pois era tanta gente que mal a pizza saia, acabava e justo na nossa vez. Com o tempo fui pegando a manha com o pessoal e ai fiquei esperto, quando chegava na pizzaria, encostava logo na boqueta onde saia a pizza e pedia logo para por dois pedaços. Na esquina da Rua Ana Nery com a Rua da Mooca, meu pai me levava no Sr. Antonio Português comer um churrasco com queijo, tinha que chegar cedo, pois das 22:00 hs em diante, até as tantas da madrugada, aquela esquina ficava lotada por taxistas, policiais, trabalhadores das fábricas da região: a Alpargatas, Antártica, Pado e outras, todos para comerem o churrasquinho do Seu Antonio Português que se não me engano, trabalhava junto com o seu irmão. Na esquina da Rua Dom Bosco com a Rua Dona Ana Nery, existia uma mercearia cuja dona se chamava Novela e os Espanhóis se reuniam para jogar dominó. Em frente à mercearia da Novela, existia um outro bar que se reuniam o pessoal do Madri Esporte Clube, os donos deste bar não eram Espanhóis e sim Portugueses. Minha querida Mooca! As minhas namoradinhas Espanholitas…

Tempo em que as famílias se reuniam nas casas, um entrando na casa do outro, todo mundo conhecia todo mundo…

Na feira da Rua Dom Bosco, Seu João Espanhol, vendia óleo comestível, só que tinha de levar o litro, pois o óleo era vendido nos barris de ferro e era tirado com manivela. No natal os Espanhóis faziam um baita de um barulho pelas ruas tocando sambomba. Que barato!

Nas festas em que meu pai fazia, ele comprava o chope na Antártica da Av. Presidente Wilson. O chope vinha em tonéis de madeira. E por se falar em Antártica, freqüentei muito o ARCA, um clube da Antártica que ficava na Rua da Mooca. Quando minha mãe fazia pizza, ela mandava eu ir buscar cevada para fazer a massa, na Antártica, tinha que voltar correndo para minha casa, pois a cevada dentro de uma garrafa vinha derramando pelo caminho. Por se parlar em festa, estive presente na primeira festa de San Gennaro, uma barraquinha da pescaria, outra de doces, três ou quatro autofalantes tocando discos de música Italiana, um parquinho montado em um terreno, trinta ou quarenta pessoas, correio elegante e hoje uma festa conhecida no mundo inteiro chegando a ser visitada por mais de quinze mil pessoas em um só final de semana.

As famosas domingueiras do Juventus… Por várias vezes ouvi e vi a Rita Lee cantar nas domingueiras, onde por sinal a Rita começou sua carreira. Mooca sempre Mooca!

Certa noite em casa, assistindo um noticiário na tv, aparece o coronel Fontenelli informando que iria fechar as porteiras da Rua da Mooca. No dia seguinte lá estávamos para constatar a noticia dada pelo coronel. As porteiras já estavam abaixadas e fechadas com barris, impedindo assim a passagem dos automóveis que passavam da Mooca baixa para Mooca alta e vice e versa e assim ficou fechada até os dias de hoje.Quanto tenho de bom para falar da Mooca, quanta amizade bonita, tempos que não voltam mais… Meu Maveko 74 amarelo 8 cilindros quatro portas que comprei dos Alemães [Dedé e Newtinho} no qual eu apavorava nas noites de sábado pela Av. Paes de Barros, ou fazia uma hora com ele em frente a Rua Madre de Deus esquina com a Av. Paes de Barros na lanchonete EKOS, onde era a antiga agência de passagens da Cometa, hoje Habibs. Depois a balada era Praça Silvio Romero, discoteca Status na Rua Coelho Lisboa ou Rua Augusta, dependendo da grana. Nos domingos presença obrigatória nas matinês do cine Ouro verde na Rua da Mooca ou cine Patriarca na Rua do Oratório.

Tempo dos balões no campo dos bois, festas juninas do Dom Bosco, Firmino, Juventus, pizzaria São Pedro e a pizza de escarola, a esfiha de carne do Sr Jorge turco lá da Barão e no meu tempo, existia um casal de Alemães na Rua Barão de Jaguara que faziam biscoitos de polvilho, que delícia! Sem esquecer a pizzaria do Seu Franco a pizzaria Guará. Meu! Vou parar por aqui, se eu for escrever LA DOLCE MOOCA, teria que editar um pergaminho de 120 kilometros ou levaria MILIANO!

MOOCA, NÃO FIQUE BRAVA COMIGO, NÃO TE ABANDONEI!

NÃO SE ESQUEÇA QUE GUARDO VOCÊ NO MEU CORAÇÃO…

Um forte abraço a todos os DA MÓCA MEU!

Jefferson Costa

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”O Circo Arethuza – Sergio Arno” style=”fancy”]

Observando o PORTAL em Fatos e Locais, me deparei com a foto do Circo Arethuza, e aí, me veio a lembrança de minha infância. Hoje, estou com 72 anos de idade e quando tinha 8 ou 9 anos, morava na Rua Itajai perto da Rua Hipias, onde moravam os Arethuzas [como eram conhecidos], num grupo de sobrados os quais existem até hoje. Nessa época eu estudava no Externato Nazareth que ficava em frente a esses sobrados, o dono do Externato era um senhor que mancava de uma perna e sua esposa uma senhora morena de côr jambo (muito bonita), e, foi quem me ensinou as primeiras letras e palavras. O meu pai que era fotógrafo de grupos escolares, chegou a tirar uma foto dos alunos, mas infelizmente, com o passar do tempo extraviou. Foi por esse motivo que acabei conhecendo o Andirá e a Alzirinha que eram parentes dos Arethuzas e trabalhavam no Circo e, tinham mais ou menos minha idade[quando criança a gente não se preocupa com sobrenomes, portando não sei dizer se eram Santoro ou Neves]. Conhecia também o Sinhô, que fazia papel de Frankstein no circo Arethuza, e que a garotada tinha um medo danado, devido seu porte alto e forte, enfim, continua na minha retina a lembrança de várias senhoras e da própria Arethuza que tinha os cabelos pretos e sobrancelhas bem visíveis. O Andirá que se tornou meu amigo cantava no circo – “Eu sou um pobre jornaleiro e trabalho o dia inteiro e ninguém tem pena de mim…”, e, assim por diante; ele usava uma calça curta e camisa suja e rasgada com jornais embaixo do braço. Uma noite, ele ficou doente e, como eu estava sempre por perto, fui chamado por um dos integrantes (que não consigo recordar o nome [era parente] e me parece que era o único artista no País que dava o salto triplo), o qual me convidou para cantar no lugar do Andirá naquela noite, excepicionalmente, e não fiz feio… Nessa época o circo estava instalado na Rua João Caetano, entre as Ruas Hipódromo e Almirante Brasil que, posteriormente deu lugar a um colégio Alemão o qual existe até hoje.

Saiba mais sobre o Circo Arethuza na seção “Fatos e Locais” clicando aqui

Sérgio Sarno

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Recordações da Vila Damasco – Cris Marinelli” style=”fancy”]Durante quinze anos, entre 1955 e 1970, minha família, composta por meus pais, dois irmãos e eu, tivemos o prazer de morar em uma vila de quatorze sobradinhos geminados, que fica na Rua João Antonio de Oliveira, 1053 no bairro da Mooca.

Nessas quatorze casas viviam quatorze famílias de origens variadas. Tinha mineiro, paulista do interior, descendentes de espanhóis, italianos e árabes, formando uma divertida torre de Babel. Os componentes dessas famílias eram trabalhadores, pessoas amigas, alegres, das mais variadas idades. As crianças, em torno de trinta , tinham um espaço maravilhoso para brincar de esconde-esconde, futebol, pula corda, uma vez que carros eram escassos. Lá pudemos desfrutar de lindas festas de aniversários, festas juninas( todos vestidos à caráter, fogueira,cadeia e quadrilha), além de reuniões numa sala apertada para assistir aos primeiros programas de TV em preto e branco, no único aparelho de um privilegiado morador. E assim éramos muito felizes em torno dessa simplicidade.

Nossas escolas públicas eram o Grupo Escolar Oswaldo Cruz e o Instituto de Educação Firmino de Proença, e o Colégio Santa Catarina, particular e só para meninas, todos na rua da Mooca.

Nossa igreja era a São Raphael e até hoje, quando passo em frente a ela, faço o sinal da cruz, uma obrigação daqueles tempos e que ficou registrada em mim como um ato herdado dos nossos antepassados. Ela fica em frente a Rua Guaratinguetá e foi lá onde a maioria de nós se batizou, crismou, fez a 1ª.comunhão e se casou.

Na rua Orville Derby ficava a Pizzaria Bimbar, nossa…era um luxo comer lá, e quando íamos, éramos servidos pelo elegante e educado garçom Sr. Rubens.

Comprávamos o essencial, arroz, feijão, café, na verdade uma cesta básica adquirida conforme a necessidade e esporadicamente um doce de leite, um pé de moleque ou uma Tubaina (que chique!!!), sempre nas vendas do Sr. Albino ou do Sr. Manoel, ambos portugueses. Os valores dessas compras, no dia a dia, iam sendo marcados em uma caderneta. Esse fiado, muito usado no passado, era pago no final de cada mês, pelos chefes das famílias.

Na esquina com a Rua Eduardo Gonçalves ficava o bar do Sr. Toninho e da Dona Zeny, ponto de encontro dos jovens do pedaço, e lá comprávamos a mortadela, o salame e de vez em quando a cerveja do domingo.

O clube “Parque da Mooca”, reduto dos rapazes mais audaciosos, ficava na Rua Conselheiro Benevides e ali se promoviam shows, bailes e até algumas brigas famosas.

Na loja da Dona Shacura, uma senhora libanesa, as mães encontravam linhas, agulhas, botões,zíperes e outras miudezas para seus trabalhos artesanais, visto que eram todas muito prendadas.

Na rua Pedro de Lucena, aquela no formato de uma ferradura, moravam meu avós maternos e meus tios-avós e foi lá também onde comecei a aprender a tocar piano com a Profa.

Jandira, curso cuja formação clássica se deu no Conservatório Santa Cecília,( das Profas. Anninhas e Madalena, inesquecíveis) vizinho da sede da escuderia Pepe Legal e posteriormente, estudei musicas no estilo popular, no Conservatório Paes de Barros ( do mestre Didi e da Nana ,tão especiais) , ambos na Av.Paes de Barros.

Nossos cinemas eram o Icaraí (depois Ouro Verde), Moderno (na rua da Mooca),Roma (na Alcântara Machado) e Aliança (na Visconde de Inhomerim). Neles, além de mergulhar na magia dos filmes, a criançada chegava a fazer um grande piquenique,levando lanches para comer durante a exibição, que às vezes era duplo, ou seja dois filmes . As famílias desfilavam suas melhores roupas, encontravam os amigos e consideravam o programa mais importante da semana, voltando todos a pé para suas casas, conversando tranquilamente.

A piscina do Distrital, na Regional da Prefeitura, era a diversão garantida da garotada. Mais tarde o Juventus, time de futebol da Mooca, inaugurava a sua sede social com piscinas, quadras, restaurante etc….enobrecendo seu bairro.

As empresas Fundição Brasil, Maquinas Piratininga, Fabrica Amaral, Café Cabloco e Açúcar União, Cotonifício Crespi e Cia Antártica garantiam empregos de muitos trabalhadores da nossa região.

Na rua Borges Figueiredo passava o bonde que nos levava para os passeios dominicais no centro da cidade com papai, enquanto a mamãe fazia o almoço, normalmente um delicioso nhoque com molho ao sugo, bife à milanesa e salada de batatas.

Na rua Canuto Saraiva o ônibus da linha Parque da Mooca levava os bancários,escriturários, vendedores e outros, para a Praça Clóvis Bevilaqua.

Nossos dias pareciam ter 48 horas, podíamos empinar pipas, andar de bicicletas, ler revistas ( de gibis a fotonovelas), recolher as garrafas de leite com tampa de alumínio que os leiteiros deixavam nas portas, comprar os sonhos frescos que o “sonheiro” passava vendendo em sua bicicleta baú, colocar as cadeiras em frente das casas para bater um bom papo ou andar, simplesmente andar, dar uma volta….livres de qualquer medo ou ameaça. Os flertes eram comuns e nossos olhos brilhavam quando aconteciam os famosos bailinhos nas salas de nossas casas. Nossos amigos mais velhos faziam parte da Turma do Comodoro, composto por lindas moças e rapazes.

Daquela vila, daquele cotidiano, levamos experiências, exemplos de vida e o entusiasmo para lutar. Daquela vila surgiu o meu companheiro, de toda uma vida.

Boas recordações dos bons tempos da querida Vila Damasco .

Doces lembranças do Sr.Guerino e D.Anezia ( a primeira TV), do Sr. Fausto e D.Lina (que aplicava injeções na meninada), Sr.André e D.Eduziana ( ele segurava o cigarro entre os dentes da frente), Sr.Nicolino e D.Catarina ( ela sempre conversando com todos), Sr.Brás e D.Josefa (ele muito bravo), Sr.Domingos e D.Benedita (uma guerreira), Sr.Duguai e D.Maria (ambos muito bondosos), Sr.Atilio e D.Pia ( os italianíssimos), Sr.Antonio e D.Anunciata (ele sempre muito sério),Sr.João e D.Julieta(eu comia seus bolos deliciosos e ainda quentes, Sr.José e D.Cida(ela fazia as unhas das garotas), D.Regina e Maria, D.Luiza (brigava se a bola batia em suas flores e uma de suas filhas era boleira da União), Sr.Lozano, D.Lone e D.Yolanda (nessa casa sempre havia muitas frutas),Sr.Jorge e D.Odette (meus sogros queridos e um quibe espetacular), Sr.Nelson e D.Gilberta (meus adorados e exemplares pais).

Lembranças inesquecíveis de todos os filhos dessas grandes famílias…Esther,Tico, Ricardo, Mauro, Maria Regina, Marcio, Lauro, Norma, Luizinha, Cleide, Wagner, Pepe, Diva, Décio, Julio, Zé Carlos, Beto, Deise, Gessilda,Gardênia, Cláudio, Renata, Maria Helena, Cláudio, Matilde, Soninha, Zito,Geraldo, Maria do Socorro, Fátima, Nico, Julio César, Edson, João Miguel, Carmem, Anita, Lurdes, Toninho, Soares, Nonô, Bimbo, Carlos, Rogério, William, Walter (meu querido marido), Nelsinho e Paulinho (meus amados irmãos).

Lembranças de toda uma vida..Obrigada a todos, por terem feito parte de um grande pedaço da minha vida.

Cris Marinelli.

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”CBD no campo dos bois – Waldevir Bernardo” style=”fancy”]Lendo “Eu me lembro” sobre o “Campo dos Bois” de Márcio Luiz Donato, informo que o CBD jogou nos anos de 1961 e 1962 no Campo três, domingo de manhã, onde à tarde jogava o Central FC, time que revelou três profissionais: Potchão (Goleiro do Juventus), Mendes – Paquinha (Portuguesa Desportos/Belenenses – Portugal e Juventus-Capital) e o Goleiro Sérgio Gomes (Juventus, Guarani, Ceará etc.) e no site do Milton Neves (que fim levou?) lá está sua história completa.
No CBD jogaram: Miguel e Luiz – Goleiros.

Defesa e ataque: Fóquinha, Luiz Play Boy, Nevacir, Cobrinha, Bica, Nenê Linguiceiro, Funa (depois passou para o Gol), Fogueirinha, Beto, Vadinho, Mazzolinha, Miltinho, Guerino, Jamil, Paulo, Pelézinho, Rene, Mário (Marinho), Mazzola, Valtinho, Canhoto, Zé Caipira, Silvio, Duda, Foguinho e outros.
O Diretor era o Sr. Renato que tinha uma bicicletaria na Av. Álvaro Ramos (Água Rasa).

Essa molecada, em 1963, passou a jogar no Santos FC da Água Rasa e após 1966 no Brazão da Água Rasa.
Alguns deles, hoje na faixa de 55 a 60 anos, reúnem-se em confraternização – encontros de 1988, 1990, 2006, 2007 e 2008 nas dependências da MC Tintas do Bica e Cobrinha.
Alguns desta relação de jogadores já faleceram (Miguel, Fóquinha, Luiz Play Boy, Nenê Linguiceiro, Funa e Silvio).

No nosso site:
http://paginas.terra.com.br/esporte/boleirosdaaguarasa
que está no ar desde 2005 temos mais de 500 fotos sobre os jogadores da década de 50, 60 e 70 bem como a história dos clubes da região do CAMPO DOS BOIS.

Um grande abraço a todos e recordem bons tempos acessando nosso site.

Waldevir Bernardo.

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”A origem do nome do campinho da favela – Edison Archela” style=”fancy”]Lendo à matéria “Saudades da Padre Raposo, do Pandiá, do campinho da favela…” enviada por Marcio Fonseca, na coluna “Eu me lembro”, rememorei, com emoção e muita saudade, minha infância, adolescência e juventude vivida no sobrado de esquina (rua Curupacê com Padre Raposo) bem em frente ao campinho da favela.

A origem do nome “campinho da favela” deve-se a uma favela que existia nesse terreno. Havia, aproximadamente, uns vinte barracos típicos das favelas antigas (construídos com restos de madeiras, latas e zinco) Na década de 60, a favela foi retirada do local pelo poder público, e durante alguns anos utilizamos aquela área para jogar bola. Chegamos a demarcar um campinho com traves improvisadas. Logo tivemos que nos mudar mais para os fundos do terreno; pois, um prédio de apartamentos foi erguido no local (onde funciona – ou funcionou – o cartório eleitoral da Mooca) é neste segundo campinho que você também jogou bola, caro Marcio.

A pé, todos os dias, eu subia a Curupacê, dobrava à esquerda na Madre de Deus, à direita na Visconde e, finalmente, à esquerda na Paes de Barros para chegar ao (então) Grupo Escolar Pandiá Calógeras. Era comum assistir às peças de teatro infantil às tardes de domingo no Teatro Artur Azevedo – que ficava coladinho ao Pandiá. Quando jovem, também assisti a vários espetáculos no “Artur”, como a peça “Muro de Arrimo” com José Fagundes, o show de Jorge Mautner..etc. Como todo bom morador da Mooca, era freqüentador da biblioteca, piscinas e quadras do “Centro Educacional da Mooca” (não sei se o nome ainda é o mesmo),…lógico! também fui sócio do Juventus. Tempos bons! Saudades…ah, já estava esquecendo – quantos doces, bolos e, as famosas, cocadas não degustei na Doceira Modêlo.

Edison Archela

Londrina-PR

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Santa Catarina, clubes de várzea, amigos….Tantas lembranças… –  Hugo Linzmaier” style=”fancy”]Vivi no bairro da Mooca por muitos anos, inicio da minha identidade cultural e, posteriormente, informação da sociedade do bairro. Estudei no Ginásio Santa Catarina no ano de 1945, quando conheci e me apaixonei (sete anos) pela garota “Neusa” e lhe fiz uma composição, que acabei tocando publicamente (17anos). Quando terminei o curso primário, nunca mais vi a Neusa.

Lembro-me dos meus colegas: Agenor de Carvalho, Ricardo Zebrauskas, Victor Bazevicius, Horácio, Luiz, Eunice, Cilca, Elizabeth, Nilcides, Nelson Maroti, etc, bem como as freiras: Gilberta (professora de piano), Joana, Cândida, Noêmia, Julia etc. Não consigo esquecer a professora Elza Saldiva. Frequentei na época e me dava com a Turma da Marquês de Valença (Nelson Giovanini, Judeu, Gigante, etc. e Fernandes Falcão. Residia à rua da Mooca 3.375, telefone 92749 até os dez anos. Mais tarde joguei futebol: Juvenil Paulista, Canto da Mooca, Crim Clube, Pascoal Moreira, Vasco da Gama da Mooca, Madureira, Parque da Mooca, Bandeira, C.A. Juventus, Barcelona e outros.

Com 9 anos eu e Agenor de Carvalho fundamos o Urano F.C. em homenagem ao Posto Urano, entre a Tobias Barretos com a Rua da Mooca (O proprietário do posto era o genitor de Agenor). Amigos inesquecíveis: Aldo Bellio, Hélio Bellio, Sebastião Ubson Carneiro Ribeiro, Zé Indio, Jardim, Paulo Tamantini, Arcenio Sepe (filho de Joane Sepe que jogou no Corinthias), Eladio Belintani, Morati, Dercio Carnevari, Vladir Paciulo, Edson, Edna Galli, Dirce, Hercules Aprile, e outros (mais de mil).

Não esquecendo que até os sete anos de idade, só falava alemão e pouco a língua portuguesa. A minha história é longa, conheci sessenta e nove países, escrevi 43 livros, o mais recente: “Etnias e migrações: origens das Raças”, editora scortecci, 348 páginas, com comentários do maior crítico brasileiro: Fernando Jorge e com apresentação de Adin Costa, primeiro jornalista formado no Brasil.

Sou artista plástico com obras na Europa e América do Sul, meu melhor trabalho: “Conheci a Filha de Imperador” está no Museu de Heidelberg. Estou escrevendo: “A Turma Iluminada da Mooca”.

Minha mulher Elenice Galdi Linzmaier, que também conheci na Mooca, casado há 44 anos, neste momento está me chamando para jantar. Tchau.

Hugo Linzmaier

[/su_spoiler] [su_spoiler title=”Alguns farmacêuticos famosos no bairro – Gloria Tenorio” style=”fancy”]Sem querer menosprezar a classe médica, mas alguns farmacêuticos do bairro da Mooca resolviam a maioria de nossos problemas de saúde.

Bastava eu ter alguma infecção na garganta e minha mãe me levava na Droga Miriam situada à Rua Fernando Falcão, lá o “Seu” João ou o “Seu” Tibi que na verdade se chama Whitby Gião me examinava e receitava remédios que resolvia o problema em questão de horas.

Era muito engraçado porque as famílias tinham uma certa predileção por seu farmacêutico preferido, ou seja, se alguém comentava que estava com algum problema já surgia a indicação; “vai lá no Seu João que ele resolve”, ou então; “Ah! eu já tive um problema desses e falei com o Arquimedes (Droga Cisne – Rua Teresina) e ele me passou uma pomada e pronto!” ou ainda, “Eu só vou no Ary, lá na oratório perto de onde era o cocho dos cavalos”, tinha também o Dácio na Rua da Mooca que muita gente curou seus pequenos males por lá. Ir ao médico era só para algo grave, e diga-se de passagem todos estes farmacêuticos respeitados faziam valer seu diploma e sempre que viam a necessidade de ir ao médico não esitavam e nos encaminhavam.

Quando isso acontecia, a gente pensava; “nossa se eu preciso ir ao médico é porque deve ser grave, porque caso contrário o Seu João resolvia!”. A Mooca tem uma característica tão própria e tão naturalmente linda que todos nós devemos manter e perpetuar nossa história.

Abraços

Gloria Tenorio

Obs : Ao ler esta “lembrança”, os mooquenses Sérgio Muzzolino Sarno; Antonio Carlos Segalla e Guerino Guelfi enviaram-nos as seguintes informações complementares a respeito do mesmo assunto:

Como normalmente faço, entro no Portal para verificar as novas histórias aqui contadas e, pude notar a lembrança da Sra.Gloria Tenório sobre os competentes farmacêuticos existentes no bairro da Moóca e ela citou alguns, e eu gostaria de fazer jús a mais alguns, ou seja: Sr.Franco da Farmácia do mesmo nome a qual ainda existe, porém hoje sob a responsabilidade de seu filho, pois o Sr. Franco já mora no céu há alguns anos. Essa farmácia fica na esquina da Rua dos Trilhos, com a Rua Capitães Mores.

O outro nome que me vem a lembrança é do Sr.Rossi o qual tinha uma farmácia na Rua Bresser, esquina com a Rua João Caetano e que sabia de tudo, porém acabou se aposentando, e, em seu lugar ficou o Sr. Luiz Nappo que aprendeu tudo com o Sr.Rossi e acabou se tornando um dos famacêuticos mais disputados e competentes do bairro. A farmácia era dia e noite repleta de doentes, e eram medicados um a um com o maior carinho. Não posso esquecer o Milton e o Nelo que eram seus ajudantes tanto, nas aplicações de injeções e outros, como na elaboração de vários remédios. O Sr. Luiz Nappo fez muito pela comunidade de nosso bairro, e portanto fica aqui minha homenagem. Infelizmente, soube que já faz alguns anos que ele mora no céu. Numa próxima oportunidade, vou falar sobre alguns médicos que também foram de respeito e devem ser lembrados.
Sérgio Muzzolino Sarno

Lendo a secção EU ME LEMBRO – Farmacéuticos Famosos da Mooca, tomo a liberdade de acrescentar mais um desses farmaceuticos “da familia”. O Seu Antonio, que tinha a farmácia na Rua da Mooca, nr. 3.171ou 3.173, entre as ruas dos Donatários e a Capitães Mores. Grande e saudoso Seu Antonio que qdo se aposentou a vendeu ao Sr. Darcio.

Sobre o Seu Rossi, da Bresser com a João Caetano lembro dele, entre outras de suas especialidades, por uma bem curiosa. Era de sarar (queimar) o famoso na época “bicho do pé” que normalmente quem frequentava a Praia Grande nos anos 50/60 acabava voltando a São Paulo com o tal bicho.

Antonio Carlos Segalla

Sugiro incluir também o “Seo” Florindo da Farmacia Camé (R.Camé c/ Visc. Inhomirim) que muitos devem tê-lo conhecido, que desde a década de 50 até 90 manteve s/ farmácia atendendo gerações de mooquenses. É uma justa homenagem. Grato e abraços a “tutti”.
Guerino Guelfi

Ainda, sobre farmaceuticos famosos ou dedicados, gostaria de incluir mais dois que ao meu ver, foram e talvez sejam ainda, eficazes; ou sejam: o Sr.Eduardo que trabalhou na farmacia do Sr. Franco na Rua dos Trilhos, com a Praça dos Comerciarios, hoje a farmacia Franco é administrada pelo seu filho(franco) e, o outro é o Edmur da Farmacia Edina, hoje localizada na Rua Canuto Saraiva, esquina com a Rua Visc. de Inhomirim, este conheço a mais de 40 anos. Desejo a eles saúde e felicidade e, agradeço pelos inumeros chamados que fiz e sempre fui muito bem atendido, quer de dia ou noite. Abraços de minha esposa e filhos
Sérgio M. Sarno – 24/03/2009

Dando continuidade ao assunto Farmacêutico, tenho o maior prazer de informar que o Sr. Eduardo, citado anteriormente, está muito bem de saúde e jajá estará inscrito em nosso PORTAL DA MOOCA, pois o mesmo tem muitas passagens à nos relatar. Recebi esta notícia do seu neto Dr. Mauricio (Advogado) e quero deixar firmado também que o Sr. Eduardo após ter deixado a farmácia do Franco, montou a sua própria farmácia, nas esquinas da rua Sapucaia x Tobias Barreto, aqui na nossa Mooca. Muito Obrigado.
Nivaldo Conforte – 07/04/2009

Já que estamos falando de farmacêuticos, que tal lembrarmos dos famosos Archimedes e Otávio. O primeiro tinha a farmácia na esquina da Guaimbé e Padre Raposo, o segundo na esquina da Guaimbé com a Madre de Deus. Assim como a maioria dos moradores da Mooca tiravam retratos no foto América, ambos vacinavam a todos com tamanha delicadeza que só os que amam a profissão sabem fazê-la. Sem dúvida eram dois anjos guardiães que a tudo se prestavam e substituiam com louvor alguns médicos. Claro que estou me referindo às décadas de 40 e 50 quando então pertencíamos a uma só e grande família.
Alcides “Cidão” Garcia – 11/04/2009

Em conversa com minha mãe, Thereza Allegro Tucunduva, hoje com 85 anos de idade, ex-moradora da Mooca, Vila Bertioga, mais precisamente, às ruas Teresina, 550, e da Moóca, 3255, estivemos lembrando dos farmacêuticos ilustres, famosos por suas mãos abençoadas, que sempre recorríamos a eles. Os inesquecíveis, Antonio, da rua da Moóca, mais conhecido por “seo Totico”; o Dácio e o Cancela; na rua Teresina, o Archimedes, da farmácia Cisne; na rua Natal, esquina com a rua Manaus, a farmácia do Walter. Todos estes ilustres farmacêuticos sempre nos indicavam o famoso e saudoso Doutor Justino de Brito Vianna, o doutor Brito, em seu consultório, à rua da Móoca quase esquina com a Fernando Falcão. Aliás este médico clínico, tinha nas veias o dom solidário de curar e nunca se furtou às suas visitas domiciliares a qualquer hora do dia e da noite. Médico dos tempos em que as receitas eram indicadas por meio de fórmulas químicas e que, por sua vez, os farmacêuticos da época manipulavam os remédios recomendados. Bons tempos quando os médicos de família amparavam a todos.
Que saudades, dos anos 30/40/50 e 60…da nossa Mooca querida.
Thereza Allegro Tucunduva e Lino Tucunduva Neto -11/06/2009

[/su_spoiler] [/su_accordion]